CIL - Comissão Luterana de Literatura
10 de abril de 2014
Puxou ao Pai
João 17.1-5
“Nasceu com os olhos do pai e o narizinho da mãe” é uma afirmação comum nas maternidades. De fato, todos nós herdamos traços de nossos pais, como feições físicas, personalidade e jeitos. Jesus também “puxou” a seu Pai celestial. Ele foi gerado com a mesma glória do Pai. Em João, capítulo 17, lemos que Jesus “olhou para o céu” para orar. Na cultura judaica, a palavra “céu” era usada como substituto do nome de Deus. Assim sendo, ao olhar para o céu, Jesus estava dirigindo-se “para seu Pai”. Iniciava-se ali uma conversa de Filho para Pai. Jesus disse: “Pai, chegou a hora. Revela a natureza divina do teu Filho, a fim de que ele revele a tua natureza gloriosa”. E assim o Pai fez. Chegada a hora, Jesus foi crucificado e “entregou seu espírito nas mãos do Pai”. Era a morte do Deus-Homem em favor da humanidade. Na cruz, Cristo mostra que “puxou” ao Pai, pois somente o Filho de Deus poderia consumar o perdão de nossos pecados. Ainda assim, a história não termina na cruz. A natureza gloriosa do Pai resplandece com todo o seu peso na ressurreição do Filho, sinal da vitória de Cristo. A Palavra nos diz que nos tornamos filhos de Deus por meio da obra de Cristo. Isso significa que receberemos dele a herança de filhos: na volta de Cristo, viveremos na felicidade da nova Jerusalém que Deus preparou para seus filhos. Que Deus nos conserve nessa fé e nos capacite a transbordar esse amor ao próximo!