“O que é a verdade?”, perguntou Pilatos. Depois de dizer isso, Pilatos saiu outra vez para falar com a multidão... (v. 38)
A professora pergunta a Pedrinho: “O que é uma pessoa educada?”. Ele responde: “É a pessoa que, quando tropeça em uma pedra, continua chamando a pedra de pedra”.
Com certeza, você e eu daríamos qualquer outro nome a essa pedra. Estaríamos dizendo a verdade? No diálogo de Pilatos com Jesus, várias são as perguntas e respostas. As perguntas pressupõem que Pilatos está informado a respeito de Jesus. A ficha corrida lhe foi passada. Ao se deparar com Jesus, seus olhos experientes não conseguem identificar a pessoa de Jesus com aquela descrita pelas autoridades judaicas. Parece que Pilatos precisa ser convencido por Jesus. A conversa é profunda. Pilatos lança a pergunta: “O que é a verdade?”.
Chama atenção que, pelo relato, ele não espera uma resposta de Jesus. O mesmo acontece conosco. Quantas vezes queremos saber a verdade, e quando estamos perto de ter a resposta, fugimos, escondemo-nos, fechamos ouvidos e olhos e jogamos nossa responsabilidade sobre outros. Ouvir a verdade nem sempre é agradável. Chegamos ao ponto de denegrir quem profere a verdade. Mais ainda, matamos quem a promulga, imaginando poder impedir que ela seja revelada.
Qual verdade quero esconder de meus funcionários, amigos e minha família? Qual verdade estou negando perante a sociedade e o mundo? Que eu tenha sempre a coragem que Jesus teve em assumir ser quem é e a cumprir com a responsabilidade assumida e assim como Pedrinho dizer a verdade.