Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês. (v. 7)
Entregar as preocupações a Deus é fácil de falar e difícil de fazer. Sabemos e confiamos que Deus acolhe nosso pedido, protege e ampara-nos em todos os momentos. No entanto, faz parte da nossa humanidade continuar lutando para mudar situações que consideramos injustas. Na verdade, ambas as atitudes precisam acontecer simultaneamente: confiar e lutar.
A comunidade para a qual a primeira Carta de Pedro foi enviada era perseguida por ser fiel a Jesus Cristo. A carta tenta animar a comunidade a continuar firme na fé e a confiar na mão poderosa de Deus.
Em nosso contexto e em nossa vivência de testemunho cristão, a experiência de perseguição relatada na Bíblia parece muito distante. Entretanto, em outras partes do mundo, como na Nigéria e na Índia, as pessoas nas comunidades cristãs sofrem e são perseguidas por causa de sua fé. Em nossa sociedade, contudo, também há sofrimentos devido a deboches e exclusões.
O sofrimento relatado na carta e nas experiências do povo cristão em alguns contextos não são pré-requisitos para seguir a Cristo nem favorecem as pessoas que sofrem, tornando-as mais puras ou mais amadas por Deus. Os sofrimentos são, na verdade, uma consequência da vivência do amor e da solidariedade.
Jesus Cristo não pede de nós sofrimento nem se alegra com as injustiças. Pelo contrário, o Mestre deu sua vida para que tivéssemos vida plena e abundante. Sabendo disso, nós nos colocamos em movimento para trabalhar pelo fim do sofrimento no mundo.