Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo. (v. 2)
Conforme o dicionário, lei é regra necessária e obrigatória. A sociedade é organizada por um conjunto de leis que orientam seu funcionamento. Para cada situação existe uma lei específica. Não obedecer à determinada lei tem consequências. Não respeitar o sinal vermelho no trânsito, por exemplo, pode resultar em grave acidente.
O Evangelho também fala de lei: da lei de Cristo. Essa nada tem a ver com regra necessária ou obrigatória. A lei de Cristo é conhecida como lei do amor. Esse amor é incondicional. Ou seja, é espontâneo e não espera recompensas.
Um grupo de voluntários que trabalhava com crianças de rua foi questionado sobre o porquê de sua dedicação. Responderam que agiam unicamente por amor e que não esperavam recompensa. Essa é a lei que transforma o mundo.
Nem todos conseguem compreender a lógica da lei de Cristo, porque ela está na contramão daquilo que aprendemos e vivemos em nossa sociedade. A lei do amor não tem lógica para quem não crê, mas ela é naturalmente compreendida e vivida a partir da fé.
No entanto, também a pessoa que crê é tentada a valorizar suas atitudes como meritórias. Não é raro ouvir pessoas crentes afirmando que a “gente precisa ajudar, porque algum dia também poderá precisar”. Essa, contudo, não é a lógica da lei de Cristo. Essa afirmação já está influenciada pelas regras de convivência estabelecidas em nossa sociedade, em que nada é de graça. A lei de Cristo está abraçada com o amor, com a graça e com a própria cruz.