Como você é linda, minha querida! Como você é perfeita. (v. 7)
A admiração legítima da beleza do corpo humano como criação de Deus é uma expressão de fé. No texto de hoje, o homem exalta a beleza do corpo de sua noiva. As palavras íntimas do noivo louvam a formosura dos cabelos, dos olhos, da face, do pescoço e dos seios. A admiração virou paixão, e a paixão, palavras. Palavras divinas, bonitas e encantadoras.
Hoje, na maioria das vezes, os meios de comunicação querem fornecer padrões de beleza e dizer-nos o que é bonito e até quando dura o que é belo. Por isso podem tornar-se raras as palavras de elogio. A beleza instituída é extinta pelo tempo e pelas doenças. Não é assim com a beleza vista com os olhos do amor. Essa é perene, e nada pode apagá-la.
Como isso é possível? Deus olha-nos com amor em Cristo Jesus, nosso Salvador. Nem o pecado é capaz de interromper esse olhar gracioso do Pai por seus filhos. Isso porque Jesus tomou para si e sobre si a feiura do pecado da humanidade. Graças a isso, hoje somos feitos puros e bonitos diante de Deus. Essa nossa nova condição nos constrange a apreciar de forma verdadeira a beleza de esposa e marido, de nossos filhos e pais, de todas as pessoas, sem levar em consideração tempo, doenças e situações especiais. O amor fala mais alto.
Jesus vem a nós em Palavra, Batismo e Santa Ceia para nos dizer palavras bonitas e nos conferir os dons do perdão e da paz. Com eles somos também aptos a falar de coração, e até o fim de nossa vida, palavras bonitas, e continuar encantando quem amamos.