Seja fiel à sua mulher e dê o seu amor somente a ela. Portanto, alegre-se com a sua mulher, seja feliz com a moça com quem você casou... graciosa como uma cabra selvagem. Que ela cerque você com o seu amor, e que os seus encantos sempre o façam feliz! (v. 15,18,19)
Parece-nos que uma das marcas de nosso século é a desestruturação da família e a precariedade dos casamentos. Os males da prostituição e do adultério, contra os quais Salomão adverte, trazem amargura e sofrimento a muitas famílias: “... quando tudo termina, o que resta é amargura e sofrimento” (v. 4). Diante do modelo de amor conjugal e de família que, por exemplo, as telenovelas propagam, podemos imaginar quanta amargura e sofrimento ainda estão por vir.
Os conflitos conjugais estão diretamente ligados aos critérios que inspiram os jovens na escolha de seu par. Quando se escolhe alguém que possa nos servir com sua beleza física e seu talento e dinheiro, então trilhamos caminho perigoso. Porém, se escolhemos alguém a quem nós queremos amar e servir, as chances de um relacionamento duradouro são mais reais.
Casamentos felizes são aqueles abençoados por Deus, sua Palavra e sacramentos, e que se fortalecem com o passar do tempo consolidados por laços e valores maiores do que a beleza física. Por isso não desmoronam com a chegada das rugas, quando o marido já não é mais o belo e atraente jovem que encantou a noiva; quando a noiva já não se parece com a graciosa cabra selvagem da visão romântica de Salomão; quando comparece a doença, a carência e o infortúnio.