Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito que dá esses dons. (v. 4)
Todas as pessoas têm habilidades para realizar algo. Há pessoas com o dom da pintura; outras, de fabricar artesanato, fazer limpeza, estudar; ainda, outras, para serem agricultores, para compor poesias e músicas. Enfim, não há limites para descobrir sempre novos talentos na vida das pessoas.
A pergunta decisiva é: como usar seus dons? Para engrandecer-se? Para dizer aos outros que ninguém tem talentos como os seus? Tais pessoas facilmente se tornam arrogantes e, muitas vezes, passam a desprezar quem tem outras habilidades.
No entanto, a partir do Pentecostes, Deus deu outro rumo para fazermos uso dos dons recebidos dele. Diz o texto acima que existem diferentes dons, mas todos eles são dados pelo poder de Deus. Assim, tais dons não são dados para engrandecer-se a si mesmo, mas para serem usados em benefício de todas as pessoas.
Vivendo a partir dessa nova visão, usamos os dons respeitando e aceitando outros talentos em nosso meio. Lembro com carinho de uma moça com deficiência numa das comunidades nas quais servi. Ela era convidada a acender as velas sobre o altar no início do culto. Com esse dom recebido de Deus, ela se sentia útil na vida da comunidade e no seu dia a dia. Expressava, através desse seu talento, sua gratidão e alegria. E a comunidade a aceitava plenamente com suas limitações.
Onde vivemos a experiência e a aceitação dos diferentes dons, aí o convívio e a comunhão entre irmãos e irmãs na fé se fortalecem.