Quando Jacó ouviu isso, teve muito medo... (v. 7a)
Medo é um sentimento pertinente ao ser humano. Suas origens são distintas. Há o medo das consequências de fazer o que é certo. Quando, por exemplo, apontamos ou denunciamos algo errado em alguém ou em uma instituição, instância ou grupo. Nesses casos, pode haver perseguição e injúria. Mas há o medo das consequências que podem advir de quando fazemos algo errado, ferindo ou prejudicando alguém, alguma instituição, instância ou grupo. De ambas as formas, acabamos tendo medo das pessoas que nos cercam.
Imagine 400 homens vindo ao seu encontro com cavalos, armas, escudos. Isso provocaria medo em qualquer um. Ainda mais quando quem comanda esse grupo é aquela pessoa que um dia você enganou, roubou ou maltratou. Essa era a situação de Jacó. Ele havia, com a ajuda da mãe, enganado o pai para ganhar a sua bênção (Gênesis 27). Por isso, com medo de que Esaú o matasse (v. 11), vai ao encontro do irmão com 550 animais para dar-lhe de presente, com a intenção de acalmá-lo (v. 13,14).
Nós também sofremos com nossos medos. Quando nosso medo provém de obediência à vontade de Deus, vale aquela bela promessa bíblica transmitida pelo profeta Isaías (43.1): “Não tenha medo, pois eu o salvarei; eu o chamei pelo seu nome, e você é meu”.
Quando estamos cientes de que nosso medo de gente provém de um erro cometido contra alguém, o melhor presente a oferecer é o arrependimento. Assim poderemos ter a esperança de que, “quando nos encontrarmos”, a exemplo do que Cristo ensinou, “talvez ele me perdoe” (v. 20).