Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. (v. 36)
No vagão de metrô, vejo uma senhora, segurando sua sacola de remédios: “Meu Deus, o que o oncologista me dirá desta vez?”. Um adolescente finge dormir: “A vida é dura sem papai”. Um senhor de meia-idade olha através das janelas: “Eu preciso desse emprego!”. Ninguém nesse vagão se conhece, mas a aflição e o abandono são traços em comum na vida de todos.
Não é preciso tomar o metrô para notar que a aflição é uma doença crônica deste mundo. Estamos rodeados de pessoas aflitas, que foram abandonadas e vivem sem saúde, sem emprego, sem amigos, sem família e... sem pastor. Exatamente como no tempo de Jesus: somos ovelhas sem pastor.
Jesus olha para essa multidão de aflitos e abandonados e sente muita pena. Ele está ao lado da senhora com câncer, do adolescente sem pai e do homem que busca um emprego. Ele está ao seu lado neste momento. Jesus não se limita a contemplar nossa aflição, mas age em nosso favor, pagando pelos nossos pecados na cruz. No Calvário vemos o Redentor que assume o nosso abandono: “Meu Deus, por que me abandonaste?”. Não estamos mais sozinhos, pois Jesus é o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas.
A morte não nos privou de nosso Pastor. Três dias depois, Jesus ressuscitou e nos legou o desafio de espalhar a boa notícia da salvação. O Espírito Santo nos impulsiona a proclamar que ninguém precisa viver aflito, pois ele prometeu que estará sempre conosco – mesmo num vagão de metrô.