CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de agosto de 2004
O malfeitor na cruz
Lucas 23.39-43
No jardim, Jesus foi consolado por um anjo. Aqui, na cruz, o consolo vem de um malfeitor pendurado a seu lado. Este é um Deus maravilhoso, que faz com que seu Filho seja consolado por um malfeitor. O malfeitor deve ter enxergado através do corpo de Cristo, através da desonra, zombaria e sofrimento, pois, do contrário, não teria podido crer nem confessar que Cristo era o Senhor e tinha um reino poderoso. E assim, Cristo passou pelo inferno e começa a ter consolo no malfeitor. Deus não permite que sua igreja morra. Por isso se diz com toda razão: A fé que morreu em Pedro, ressuscitou no malfeitor. Porque essa palavra tem de ficar de pé; “Domine entre os seus inimigos”. Então, Cristo se lembra: Apesar de tudo, tenho um Deus gracioso, que me preparou um reino e permite que o pecador desfrute do meu sofrimento. Por isso diz ao malfeitor: “Hoje você estará comigo no paraíso”. O malfeitor reconhece sua culpa e a inocência de Cristo. Por isso conclui: A inocência de Cristo vai me ajudar. E através de uma parede bem grossa ele consegue enxergar o coração de Cristo. O malfeitor é um dos nossos e somos semelhantes a ele. Por isso, invoquemos a Cristo e ele nos responderá: Sim, sim, exatamente como ao malfeitor.