Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos.(v. 14)
De onde vem o fenômeno da tentação? De onde vêm as provações que, muitas vezes, promovem a desestabilização da nossa fé? Como convivemos com nossas fraquezas e nossos erros? Varremo-los para debaixo do tapete ou colocamos esse lixo no sapato das outras pessoas? Ontem e hoje, as respostas para essas questões são as mesmas: “O Diabo é o culpado!”; “Deus é o culpado!”.
Se Deus fosse o autor da tentação, ele se contradiria, pelo fato de nos ter ensinado a orar: “... não nos deixes cair em tentação”.
Tiago não deu a mínima atenção para essas desculpas esfarrapadas. Não é Deus, nem o Diabo, nem o nosso amigo, nem o nosso cachorro, o culpado pelos nossos deslizes. O autor da Carta em questão sublinha que as pessoas cristãs são livres e responsáveis para tomar suas decisões em todas e quaisquer circunstâncias.
Deus nos aceita tal como somos. Assim não precisamos nos preocupar com nenhuma cosmética diante dele. Deus nos ama tanto que até podemos ficar de pé diante dos nossos erros. Deus não pune com a retirada do seu amor a pessoa que peca e se mostra arrependida. Nada disso! A resposta que Deus dá para uma honesta autocrítica é o perdão e a cura. Quando “abrimos o jogo” e mostramos o que a nossa vida é diante de Deus, diante das irmãs e dos irmãos, seremos ajudados por nosso Senhor.
Podem anotar: quanto mais falarmos com Deus sobre a nossa própria culpa e sobre as nossas próprias falhas, menos falaremos sobre as culpas dos outros!