CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de fevereiro de 2005
Perdão perceptível e perdão imperceptível
Mateus 6.9-15
Digo também que Deus é gracioso com muita gente e, de coração, perdoa toda a culpa. Mas não lhes diz nada a respeito e trata-os tanto interna como externamente, de uma forma tal, que os leva a pensar que Deus não é gracioso e que deseja condená-los nesta vida e na eternidade. Por gora, ele os atormenta; por dentro, ele os atemoriza. Um destes, foi Davi, pois ele diz no Salmo 6.1: “Senhor, não me repreeendas na tua ira, nem me castigues no teu furor”. A outros, por sua vez, Deus, secretamente, retém a culpa e continua seu inimigo; não lhes diz nada a respeito, mas trata-os de uma forma que os leva a pensar que são filhos amados. Exteriormente, eles vão bem, interiormente são felizes e estão certos de que vão para o céu. Estes são descritos no Salmo 106: “Jamais serei abalado: de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá”. Assim, de vez em quando ele consola a consciência e lhe dá feliz certeza de sua graça, para que, assim, a nossa pessoa seja fortalecida e confie em Deus mesmo nos momentos em que sua consciência está tomada de medo. Por outro lado, há momentos em que ele abala e aflige a consciência, para que a pessoa não se esqueça de temer a Deus também tudo vai bem. O primeiro perdão nos é amargo e difícil, embora seja o mais nobre e o mais apreciado. O outro é mais fácil, contudo, não tão precioso.