CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de março de 2005
Deus habita em trevas espessas
Reis-I 8.12-21
Por isso, a fé é um conhecimento assim: Embora tudo esteja escuro e nada possa ser visto, ela tem certeza e sabe que, verdadeiramente, recebe e tem Cristo nessa escuridão. Da mesma forma como o Senhor nosso Deus também habita em meio a trevas no monte Sinai e no templo. Por isso, nossa justiça, ou seja, aquilo que nos dá o aspecto e a aparência à vista da qual Deus nos considera justos, não é o amor, que supostamente confere à fé uma tal aparência e aspecto, mas a própria fé bem como as trevas ocultas e o conhecimento secreto no coração, isto é, a confiança em algo que não se vê, ou seja, no Cristo invisível, mas que, mesmo assim, está, de fato, presente. Agora, o motivo por que a fé justifica é este: Ela recebe e conserva junto de si este nobre e precioso Tesouro que é Cristo. Como Cristo está presente, isso não deve ser especulado. Pois como eu já disse, isto é pura escuridão, ou seja, trata-se de conhecimento oculto, elevado, secreto e incompreensível. Por isso, onde houver uma tal confiança no coração, ali Cristo certamente também estará presente em meio à espessa neblina e na fé. E esta é, então, a verdadeira justiça, aquela que faz com que a pessoa seja aceita e reconhecida como justa diante de Deus.