CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de maio de 2005
Santificados por Deus
Tessalonicenses-II 2.13-17
Por isso também devemos considerar santos e colocar ao lado de Cristo aqueles que recebem sua palavra, levam-na a sério e a confessam, de modo especial na hora da tentação e da perseguição, mesmo que sejam pessoas fracas e miseráveis, que não aparentam nenhuma santidade especial. Porque as pessoas simplesmente não trazem uma inscrição na testa. Dizendo quem é justificado, santo, e quem não é. Mas isso sabemos: onde a palavra está presente e produz fruto, assim que, por causa da mesma, se está disposto a sofrer o que for preciso, ... ali, certamente, também existem santos de verdade. Agora, a falsa humildade dos que procuram a santidade pela obras, diz assim: “Oh, não, Deus me livre, como poderia alguém ser tão atrevido e deixar que o chamem de santo?! Não somos todos uns pobres pecadores?” Resposta: Tudo isso é resultado daquela velha ilusão: quando se ouve a palavra “santo”, as pessoas só pensam em obras grandiosas e olham para os santos no céu, como se esses tivessem merecido a santidade por conta própria. Mas nós dizemos que os verdadeiros santos de Cristo têm que ser pecadores dos bons e dos grandes; devem continuar sendo santos que não se envergonham de orar o Pai-nosso, dizendo: “Santificado seja o teu nome, venha o teu reino, perdoa-nos as nossas dívidas, etc.”, pois reconhecemos que o nome de Deus não é santificado em nós co mo deveria, que seu reino não veio e que sua vontade não é feita. Eles são chamados santos não porque estão sem pecado, ou se tornam santos por meio de obras. Justamente o contrário: em si mesmos e com todas as suas obras não passam de pecadores e estão condenados; mas, tornam-se santos através da santidade alheia, a saber, a de Cristo Senhor, a qual, por meio da fé, lhes é presenteada e passa a ser deles.