Precisamos estudar a palavra de Deus com seriedade e dedicação e orar não somente para que nos seja dado conhecimento da vontade de Deus, mas, também, para que esta nos encha o coração e que cada qual ande nesse caminho e nele permaneça para sempre e corra e lute para que tenha cada vez mais consolo e força. Porque essa plenitude do conhecimento de Deus é daquelas que a gente nunca tem de sobre e da qual a gente não enjoa. Ao contrário, quanto mais se bebe, tanto maior a disposição e alegria, e com o passar do tempo a sede e a vontade de beber aumentam, como diz a Escritura: “Os que me comem terão, ainda, fome, e os que me bebem terão, ainda, sede” (Eclesiástico 24.21). Pois, como diz São Pedro, os queridos anjos no céu não se cansam disso, e têm alegria e prazer eternos em poder perscrutar aquilo que é revelado e anunciado a nós (1 Pedro 1.12). Portanto, se não tivermos fome e sede (que deveriam ser muito mais intensas em nós do que nos anjos) de conhecer e compreender a vontade de Deus em sua plenitude, até que o possamos contemplar eternamente na outra vida, não teremos nada mais do que simples espuma, que não mata a sede nem alimenta, não consola e não melhor ninguém.