CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de setembro de 2005
Desprezar o próximo
Lucas 18.0-14
Olhe só como o fariseu pisoteia a segunda tábua da lei e se enfurece contra o seu próximo! Não temos, aqui, nem um pouco de amor cristão nem fidelidade que indicasse que ele busca ou deseja a honra ou a salvação de seu próximo. Pelo contrário, deseja-lhe mal e vai com os pés por cima dele com seu vergonhoso desprezo, considerando-o indigno de ser tratado como gente. Sim, quando deveria ajudar e salvar seu próximo, para que não fosse vítima de sofrimento ou injustiça, ele mesmo comete a maior injustiça de todas. Pois mesmo vendo e sabendo que seu próximo está pecando contra Deus, não se preocupa nem um pouco em como convertê-lo ou salvá-lo da ira e da condenação de Deus, para que mude de vida. Ele não se compadece da miséria e da infelicidade de um pobre pecador. Em sua opinião, é justo e razoável que o publicano permaneça neste estado de miséria e condenação. Recusa-se a amar e prestar o devido serviço ao próximo. Uma pessoa que consegue alegrar-se, que tem profundo prazer no pecado e na desobediência contra a vontade de Deus; que lamentaria se alguém fosse reto de coração e guardasse o mandamento de Deus; que, além disso, não está disposto a ajudar a seu próximo como o mínimo que seja, dentro de suas possibilidades, ou a afastar dele o mal e a condenação – que serventia tem uma pessoa dessas no reino de Deus? Pode-se esperar algo de bom numa pessoa tão perversa a ponto de ser incapaz de almejar a salvação do próximo?