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01 de novembro de 2005

Perfeitos no Amor

Mateus 5.43-48

Não somos perfeitos; tampouco podemos atingir a perfeição no sentido de estarmos totalmente livres do pecado. Alguns, é verdade, imaginam a perfeição nesses termos. Mas, nesse texto, bem como em outra parte da Escritura, o que se entende por perfeição é, antes de mais nada, ter a doutrina correta e perfeita, seguida de uma vida que segue essa doutrina e por ela se orienta. No caso dos judeus, tanto a doutrina como a vida são imperfeitas e incorretas, pois ensinam a amar apenas os amigos e a viver segundo esses preceitos. Agora, esse é um amor fragmentado ou partido, um amor só pela metade. Deus quer um amor inteiro, cheio e completo, de modo que amemos a amigos e a inimigos e lhe façamos o bem. Dessa forma, sou uma pessoa realmente perfeita, que tem e preserva a doutrina na sua inteireza. Agora, se, depois disso, a vida não segue exatamente como deveria ser – como, aliás, nem pode, porque carne e sangue atrapalham a toda hora! – isso em nada diminui a perfeição. Mas é preciso que a pessoa se esforce para alcançá-la, se exercite e continue nela diariamente, assim que o Espírito tenha domínio e não dê rédeas à carne, mantendo-a sob controle, para que não tenha chances de opor-se a essa doutrina. Além disso, deixe que o amor fique no centro de tudo, um amor que se volta para todos, indistintamente, sem excluir ninguém. Assim, tenho a verdadeira perfeição cristã, que não consiste em cargos ou estados especiais, mas que todos os cristãos têm e devem ter em comum.