CIL - Comissão Luterana de Literatura
08 de setembro de 2003
O VERDADEIRO CULTO
Mateus 15.1-20
Fala-se muito em inversão de valores. O que ocupava os primeiros lugares na escala de valores, passou para um plano secundário, e o que nada valia, passou a ser valorizado. Muitos líderes religiosos, no tempo de Jesus, queriam fazer valer uma religiosidade de aparências, de fórmulas pré-determinadas ou mágicas. A isso, Jesus contrapõe que a verdadeira religiosidade se define pelo interior de cada pessoa. No entanto, o interior, por natureza, está impregnado de maldade e dele “vêm os maus pensamentos que levam ao crime, ao adultério e às outras coisas imorais” (v. 19). Portanto, o que vem do interior do homem natural é tão mau como o próprio homem, e toda a religiosidade que brota dele é falsa, apenas de aparência. A verdadeira religiosidade só pode provir de um interior renovado. E uma renovação só acontece com intervenção divina, que faz nascer uma nova vontade e uma nova mentalidade que substitui o ódio pelo amor, o ser servido pelo servir, o morrer pelo viver. E essa transformação, Deus efetua por intermédio de sua Palavra, pelo Espírito Santo, que opera a fé, para que, conforme diz Jesus, “Rios de água da vida vão jorrar do coração de quem crê em mim” (João 8.38). A verdadeira escala de valores está baseada no Filho de Deus, crucificado no Calvário. Os valores que dele procedem são tão sólidos e tão duráveis como ele próprio, isto é, perduram para a eternidade. Não desaparecem como as tradições humanas. E quem vive esses valores divinos e eternos, presta verdadeiro culto a Deus.