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25 de agosto de 2003

DOMINGO: DIA DE QUÊ?

Mateus 12.1-14

Domingo? Impossível! Neste dia eu vendo mais do que durante a semana toda. Querem que eu faça parte, de novo, do Presbitério da Comunidade. Por causa do mercadinho, estou afastado da vida comunitária. Não posso participar; muito menos, assumir cargos. Isto aqui é meu ganha-pão. Só o trabalho do marido, como empregado, não dá para sustentar a família... Esta é a situação de uma senhora que, no passado, fora ativa em sua comunidade. Quantas pessoas e famílias encontram-se nesta situação porque estão inseridas num mundo onde o ter fala mais alto do que o ser? E, por causa disso, valores cristãos, culturais e tradições vão para o espaço. Assim como a Lei do sábado no texto de referência, também o nosso dia de descanso não está beneficiando o ser humano. Este não pode mais dispor livremente do domingo para o descanso e a santificação. A proposta bíblica, no entanto, é outra: “O sábado foi feito para servir as pessoas e não para as pessoas servirem o sábado” (Marcos 2.27). Poderíamos dizer: “O dinheiro foi feito para servir as pessoas e não para que as pessoas fossem escravas dele”. Do jeito que está, as pessoas não vão mais à casa de oração, não vêem mais as pessoas de vidas aleijadas (v. 10), não se solidarizam e não ajudam mais, motivadas pelo amor. Pelo contrário, continuam cada vez mais escravas, não permitindo que o Filho do Homem tenha autoridade e as liberte. Que tal deixar que a lei do amor nos liberte da escravidão da lei do ter, para que o domingo volte a ser o que ele realmente é, Dia do Senhor?