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16 de junho de 2003

PÁRA, PEDRO!

Provérbios 14.29-34

“Guarde a sua espada”, foi a ordem que Jesus deu a Pedro, quando este quis defendê-lo (João 18.11). E a leitura de hoje diz: “A pessoa que se mantém calma é sábia, mas a que facilmente perde a calma mostra que não tem juízo” (v. 29). Segundo essa palavra, manter-se calmo e moderado é sinal de sabedoria e juízo. Exige domínio próprio, resguarda de exageros e confrontos apaixonados. De fato, a moderação contribui para a harmonia na família, no trabalho e na sociedade; promove paz e bem-estar. É preciosa essa sabedoria de Provérbios, colhida durante milênios. Ela indica caminhos para a conduta, a partir da média de experiências. Mas nenhum provérbio pode ser aplicado ao pé da letra, para cada pessoa, em todas as situações. Manter-se calmo nem sempre é o recomendado. Na sociedade atual, há situações de emergência e sofrimento, diante das quais permanecer tranqüilo pode ser pecado. Quando, por um lado, há acúmulo de bens, e por outro, pessoas em perigo, sofrendo doença e fome, violência e injustiça, aí: mexa-se, Pedro! – importa envolver-se com paixão e determinação em favor da paz e da justiça, por causa do mandamento maior do amor. Como procedeu Jesus com os vendedores e cambistas no templo? Não agendou um debate de conscientização, mas fez uso do chicote. Naquele momento, sua impaciência foi ato de sabedoria e juízo a serviço do Reino de Deus. Calma e moderação têm sua vez; paixão e estresse, também. Para aguardar ou agir no momento certo, precisamos da orientação pelo Evangelho de Cristo.