CIL - Comissão Luterana de Literatura
14 de outubro de 2002
FALSA RIQUEZA
Apocalipse 3.14-22
A cidade era rica e famosa. Os membros da Igreja assimilaram o espírito local: orgulho, satisfação consigo mesmos, acomodação. Julgavam-se espiritualmente ricos. Não deviam nada a Deus nem aos homens. Eram “gente boa”. Mas, eis a surpresa: Jesus manda escrever palavras duras para estes “cristãos” que confiavam em si mesmos; palavras que os denunciam como mornos, nem quentes, nem frios. Ao invés de ricos e abastados, eles são infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus. Jesus quer que a fé seja “quente”, isto é, viva e ativa; prefere que ela seja fria a que seja morna, isto é, prefere a falta de fé a uma fé praticamente morta. Por quê? Quando a fé é “morna”, ela cria a ilusão de que a pessoa ainda é religiosa e que, mesmo sem arrependimento e sem se alimentar, ela está salva. Às vezes é mais fácil alcançar os “frios” com a Palavra de Deus e guiá-los ao arrependimento e à fé, do que os “mornos”. Jesus é tão duro na sua denúncia porque, movido por seu amor, ele ainda confia na salvação dos “mornos”. Seja qual for a sua situação espiritual, uma coisa é certa: sem arrependimento contínuo e sem o constante uso dos meios da graça, Palavra e sacramentos, você não está em comunhão com Deus. Sucesso ou falta de sucesso na vida material não determinam sua situação diante de Deus. O que é decisivo é que você saiba que precisa do Salvador e que confie no benefício que sua morte e ressurreição conquistaram para você. Com esta fé no coração, o Espírito Santo também o guiará a uma vida repleta de frutos de gratidão a Deus.