CIL - Comissão Luterana de Literatura
25 de dezembro de 2008
Uma mulher profetizando?
Lucas 2.36-40
Havia ali uma profetisa... [que] começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino (vv. 36,38). A pergunta pode parecer esquisita. Era muito estranho, na época de Jesus, uma mulher atuando no templo. Os espaços principais na casa de Deus eram ocupados por homens. O testemunho de uma mulher valia muito pouco. A profetisa Ana pode ser considerada a primeira testemunha feminina na história do cristianismo. Ela é descrita como uma pessoa correta, na vida e no desempenho de sua função junto ao templo. Quando o menino Jesus é trazido ao templo para o cumprimento dos rituais religiosos, a profetisa reconhece, nele, o libertador de seu povo, o Messias. Ela percebe o que a maioria não percebeu, e faz o que sabia fazer: louvar a Deus e dizer quem era esta criança. É fácil imaginar que, para a maioria das pessoas, a cena e as pessoas pareciam comuns demais. Quem sabe, para quantos, os pensamentos da velha Ana já estavam meio embotados, não podendo ser levados a sério. E a cena seguinte também é tão simples e tão humana: os pais do menino voltam com a criança para sua casa. E, com o passar do tempo, o menino cresce na bênção de Deus. Tudo o que nos é narrado neste texto bíblico é comum e estranho, ao mesmo tempo: Ana, uma família que cumpre os rituais sagrados, uma criança que cresce e se desenvolve para a alegria de seus pais. Tudo é comum. Ao mesmo tempo, há coisas estranhas: uma mulher que profetiza e que percebe que aquela criança é o esperado Filho de Deus. Obrigado, Ana, pela coragem e pela mensagem!