CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de julho de 2004
Sacrifício pelos Nossos Pecados
João 19.17-22
Este sumo sacerdote é, ao mesmo tempo, sacerdote e sacrifício, pois na cruz sacrifica seu corpo e sua vida. Com efeito, o fato de estar pendurado na cruz, despido e nu, inchado e coberto de sangue, com uma coroa de espinhos cravada na sua fronte, não parece indicar que se trata de um sacerdote. Mas, mesmo assim, ele é o verdadeiro sacerdote e bispo que se oferece a si mesmo e, em grande amor, entrega seu próprio corpo para ser consumido como que por fogo, para a redenção de toda a humanidade. O antigo sacerdócio era esplendoroso, mas esse sumo sacerdote não tem esplendor algum. Seu altar é a cruz e a forca, um altar vergonhoso, terrível e fora do comum. Por isso, aos olhos do mundo, ele é um sacerdote simples, desprezível. Seu altar é tão blasfematório e desonroso que as pessoas se atemorizam diante de seu sacrifício. Assim, portanto, temos esse sumo sacerdote Jesus Cristo com seu altar e sacrifício, condenado à morte de forma vergonhosa pelos judeus e soldados. E, não obstante, sobre seus ombros repousam os pecados de todos nós. Ali estamos, eu, você e todos os homens, desde o primeiro homem, Adão, até o fim do mundo.