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19 de setembro de 2011

Deem vocês mesmos comida a eles!

Mateus 14.13-21

[b]Eles não precisam ir embora. Deem vocês mesmos comida a eles. (vv. 15,16)[/b] Escrevo este texto impactado pelos acontecimentos no Haiti. Alimentos jogados de caminhões ou de helicópteros foram disputados desesperadamente pela multidão faminta. Os mais fortes e espertos “adonaram-se” de tudo, enquanto os mais fracos aguardavam a próxima “distribuição”. É semelhante ao Sílvio Santos atirando “aviõezinhos” para a plateia ou ao jogador de futebol recém-contratado, que “rifa” a bola, chutando-a para a torcida. É cada um por si, e as coisas são disputadas a “unhas e dentes”. Vendo que a multidão faminta não ia embora, os discípulos pediram uma “solução radical” a Jesus: “Mande esse povo embora!” É a lógica do avestruz quando enterra a cabeça na areia: “O que eu não vejo, não existe”. Coerente com o que prega, o Mestre surpreende e responde: “Tragam para mim o que vocês têm”. Jesus quebra a lógica de seus discípulos que, incomodados com a fome dos outros, seguram com “unhas e dentes” seus cinco pães e dois peixes. Este é o desafio lançado por Cristo: mudar nossa concepção. O que temos, não é nosso, pertence a Deus. O Senhor não permite que o alimento seja lançado às pessoas assim como se joga milho às galinhas. Ele ordena que se organize o povo em pequenos grupos e que os discípulos repartam o alimento pelo qual ele deu graças a Deus. A tarefa é contínua e faz parte da missão que nos foi confiada por Jesus Cristo. Não basta orar e pedir soluções mágicas. Jesus diz: “Tragam para mim o que vocês têm! Deem vocês mesmos comida a eles”.