CIL - Comissão Luterana de Literatura
26 de setembro de 2011
O perdão transforma vidas
Mateus 18.21-35
[b]Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes! ( v. 22)[/b] Dona Ana, idosa, não entendia porque Deus ainda não lhe dera o descanso final, até que recebeu a visita de um ex-vizinho que morava, agora, em outra cidade. Beno veio especialmente para confessar um roubo que fizera na casa de dona Ana, no tempo de sua juventude. Ela relatou: “Ele estava angustiado e pediu perdão. Eu o perdoei, e ele chorou muito; disse que, finalmente, ficaria em paz”. Ainda bem que Beno encontrou Ana viva! Esperou mais de cinquenta anos para pedir perdão. Muitas pessoas sofrem sob o peso da culpa, por faltas não perdoadas. Inclusive, afastam-se, envergonhadas, da vida comunitária, sentindo-se excluídas. É muito difícil quando se tem consciência do erro e não se consegue dar a volta por cima. Todos temos sentimentos de culpa, às vezes mais, outras, menos. Jesus conta a história do rei que resolveu acertar as contas com os empregados. Quando soube que eles não tinham como pagar, perdoou o que deviam. Ao invés de proceder do mesmo modo, eles não perdoaram as dívidas do seu próximo. O soberano, com raiva, voltou atrás e condenou seus devedores a pagar todo o débito, que pretendera perdoar. A palavra de Jesus é clara a esse respeito: “É isso o que meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão” (v. 35). O perdão devolve paz a vidas angustiadas. Não percamos tempo para buscar e dar o perdão entre irmãos e irmãs. Façamos como Beno, peçamos perdão, e como Ana, que perdoou, assim como Cristo ensinou!