[b]Mestre, o que devo fazer de bom para conseguir a vida eterna? (v. 16)[/b] Muitas coisas ocupam nossos pensamentos. São os acontecimentos pessoais e familiares, mas também os prenúncios sobre o futuro global e tantas outras preocupações, mais ou menos importantes. A preocupação do jovem surpreende. Quer conseguir a vida eterna. Ele confessa que obedece boa parte dos mandamentos. Mas isso não o satisfaz. Nota que bens e riquezas ainda não eram tudo na vida. Talvez lhe faltasse um sentido maior para viver. Jesus vê o coração do moço e aconselha vender tudo, dar o dinheiro aos pobres, para depois seguir o Mestre: “... vá, venda tudo o que tem… Depois venha e me siga” (v. 21). Isso era demais! Entregar sua segurança, desistir dos seus bens – este preço era alto demais. No entanto, é impossível prender-se a bens materiais e, ao mesmo tempo, seguir Jesus. Quem prende seu coração à sua riqueza, não está livre para Deus e seu Reino. Mas não é só a riqueza que pode aprisionar o coração. Pobreza e necessidade também o podem, a ponto de perdermos a visão para o essencial, que é a confiança em Deus. Seja como for, decisivo é perguntar se as preocupações da vida nos escravizam e dominam ou se nosso coração está livre para amar e obedecer a Deus. Não podemos achegar-nos a Deus, mas Deus pode atrair-nos para si. Ele o faz por meio de seu Filho, Jesus Cristo. Ele liberta o nosso coração de tudo que nos prende. Ele nos ama e pode transformar nossas vidas. Pode mover o nosso coração para dispormos nossos dons e bens em favor de outras pessoas.