CIL - Comissão Luterana de Literatura
15 de novembro de 2011
Queda de braço!
Jó 38.1-11
[b]Mostre agora que é valente e responda às perguntas que lhe vou fazer. (v. 3)[/b] Jó acha injusto que lhe sobrevenha tão grande sofrimento. Deus fala com ele a respeito, mas não explica os motivos do infortúnio. Ao invés disso, faz um longo interrogatório: “Onde é que você estava quando criei o mundo?” (v. 4). Nem Jó, nem nós temos resposta para isso. Numa queda de braço com Deus, sempre é o nosso braço que cai. Também nós, devido a nossa visão limitada, muitas vezes não entendemos o motivo do sofrimento. E, como Jó, chegamos até mesmo a questionar Deus. O filho pequeno, sentado de frente para a mãe, olhava para o bordado que ela fazia e não entendia nada. Olhando de baixo para cima, tudo não passava de um emaranhado de fios, uma confusão. Somente começou a perceber a beleza da obra quando a mãe o pegou no colo, e ele viu o bordado do outro lado, de cima para baixo. Assim é a nossa vida: ela parece uma confusão quando encarada de baixo para cima, mas passa a ter sentido quando a contemplamos sob o plano de Deus. Neste caso, ela passa a ser uma obra maravilhosa, uma verdadeira obra de arte. De modo inequívoco vemos isso na vida de Jesus. Sob o ponto de vista humano, ela é um emaranhado de fios sem sentido, um escândalo. Quando ele morreu, parecia que era o fim, mas quando ressuscitou, viu-se quem era o vencedor. Em momentos de sofrimento, uma queda de braço com Deus pode ser necessária para aprendermos a ser humildes e a confiar nele. Isso pode nos ensinar a ver o bordado, a nossa vida, do outro lado, assim como Deus a vê!