CIL - Comissão Luterana de Literatura
15 de fevereiro de 2012
Os limites da liberdade cristã
1 Coríntios 10.23-11.1
[b]Ninguém deve procurar os seus próprios interesses e sim os interesses dos outros. (v. 24)[/b] Vivemos num tempo confuso em relação ao que é permitido e ajuda a edificar sabiamente as pessoas. A libertinagem, mascarada de liberdade, escraviza e destrói a vida de fé de muita gente, mesmo de pessoas que pareciam inabaláveis. A palavra liberdade, por vezes, é interpretada como “direito” de fazer o que se deseja, sem preocupar-se com o que o outro pensa ou sente. Num mundo onde o “vale tudo” tem uma força incrível, o testemunho cristão precisa ser enfaticamente profético e evangélico. Liberdade é uma das palavras centrais do Evangelho, uma vez que Cristo foi enviado ao mundo para libertar o povo de Deus das amarras do pecado e da lei. A partir dessa mensagem, o reformador Martim Lutero afirma que, pela fé, a pessoa cristã é livre de tudo e não está sujeita a ninguém. Ao mesmo tempo, pelo amor, ela serve e está sujeita a todos. Segundo este conceito luterano, as balizas norteadoras da liberdade cristã são a fé e o amor. Todos somos convidados a viver nesta liberdade que vem de Cristo. Ela promove a vida e edifica a pessoa e a Igreja como um todo, a partir da vivência do amor. A sua nobreza consiste em servir e amar o semelhante, respeitando-o em suas limitações e suas dificuldades. Assim, a pessoa cristã poderá compreender que tudo é permitido, mas nem tudo edifica, e orientará todos seus atos por condutas que edificam. Tendo esta compreensão, buscará não apenas os seus próprios interesses, mas também respeitará os interesses dos outros.