CIL - Comissão Luterana de Literatura
23 de julho de 2012
Um aperitivo da alegria eterna
Marcos 2.18-22
[b]Vocês acham que os convidados de um casamento jejuam enquanto o noivo está com eles? (v. 18)[/b] Todo tipo de sofrimento e tristeza é superado pela presença de Cristo! Isso parece um exagero, tanto hoje como para as pessoas piedosas do tempo de Jesus. Pessoalmente, também tenho minhas dúvidas diante de uma fé do tipo “oba, oba, já estamos salvos!” Jesus veio justamente por causa da nossa carência de justiça, segurança e saúde. Ele perdoou e justificou quem não o merecia; deu abrigo ao assaltado; curou o enfermo que não tinha mais nada a esperar dos médicos; ressuscitou quem precisava viver para poder cuidar da sua mãe viúva. Desse modo concreto, Jesus fez irromper sinais de justiça, esperança, paz e vida. Eram apenas sinais, porque eram passageiros. Mas sinais oriundos da eternidade que apontavam para ela. Permitiam vislumbrar indícios da alegria e da vida que não passarão. Algo semelhante acontece hoje: quando pessoas apaixonadas se dão o primeiro beijo e quando superam um desentendimento pelo perdão e resolvem noivar; quando cônjuges conseguem perdoar-se, não apenas três vezes, mas sempre; quando doentes, sem condições de sobreviver, conseguem um órgão para transplante; quando pessoas acusadas injustamente são absolvidas; quando é perdoada a dívida externa a um país endividado. Tudo isso é como se enxergássemos, através de uma fresta, um pedacinho de céu aberto; é como estar na festa de casamento na presença dos noivos. Esses sinais dão força, reanimam a caminhada rumo aos novos céus e à nova terra nos quais habita justiça.