[b]No caminho, ele lhes perguntou: “Quem o povo diz que eu sou?” (v. 27b)[/b] A pergunta pode parecer tola. A primeira resposta que nos vem à mente é: ora, isso todo mundo sabe! Engano. Todo mundo não sabe! Sem pensar em seguidores de outras religiões pelo mundo afora. Façamos como Jesus que perguntou aos seus discípulos para ouvir o que o seu próprio povo dizia. Vieram muitas respostas. Mas Jesus insiste: e vocês, que pensam a meu respeito? Pedro responde pelo grupo: “O senhor é o Messias!” (v. 29), o enviado, o Filho de Deus! Saiamos por aí com a nossa pergunta e teremos respostas como: a gente se lembra do seu nascimento no Natal e do seu sofrimento na Semana Santa; é o Deus dos cristãos. Se perguntarmos: e para você, quem é esse Jesus?, teremos muitas respostas: eu até fui batizado, mas a correria...; religião não cabe no nosso mundo. É claro que encontraremos pessoas para as quais ele é o Cristo, capaz de determinar vidas. Quem é Jesus para nós? Com suas próprias palavras, ele tenta eliminar certas ilusões e falsas esperanças. É sabido que as pessoas preferem heróis, vencedores. Em nossos dias há tantas mensagens do Jesus herói, vencedor, glorioso. Quando ele fala do seu sofrimento, nem Pedro o aceita, e precisa ouvir uma dura advertência. E é aí que está a resposta: Jesus é o Cristo de Deus, que mergulha na humanidade, também em sua miséria. Mostra com isso que, sem dúvida, em bons momentos, mas também nas tormentas, nas dores e no sofrimento, ele está conosco, justamente quando a nossa fé é como uma vela em vias de se apagar.