[b]Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. (v. 8a)[/b] Impor limites! Certamente, você já ouviu essa máxima quando se trata de educação de filhos. Mas ela também se encaixa na preocupação com o domínio da língua, que, aliás, está intimamente relacionado à educação, tanto secular quanto espiritual. O apóstolo Tiago esmera-se para ensinar e ilustrar seus ensinamentos, a fim de facilitar seu entendimento e sua prática. Afirma que, assim como o cavalo é controlado pelo freio em sua boca, também as pessoas devem frear a sua língua. Aponta para o exemplo de um grande navio, no mar, sujeito a toda sorte de intempéries ou a ser conduzido por um pequeno leme nas mãos do timoneiro. Tiago refere-se à possibilidade de se usar a sua língua tanto para o bem como para o mal. Agora, observe a si mesmo, suas palavras e ações: é a língua que controla você ou é você que controla a sua língua? Impor limites a ela não é fácil, “ninguém ainda foi capaz de dominar a sua língua”, diz o apóstolo! Você já viu um incêndio extinguir-se a si mesmo? Uma fera acalmar a si mesma? Um veneno dosar seu efeito letal? A “língua solta” traz desarmonia na família, no trabalho, em todas as relações. Como, então, frear e guiar este pequeno órgão na nossa boca? O impulso para isso vem de Deus, quando ele habita em nós, através da fé e da constância na Palavra e nos sacramentos. Cristo é a mão que direciona o leme, que puxa o freio da nossa língua. Aquele que domina terra, céus e mar, quer dominar também as nossas palavras para que elas sejam uma fonte de bênçãos.