CIL - Comissão Luterana de Literatura
15 de novembro de 2012
O poder da fraqueza
2 Coríntios 11.16-33
[b]Se existe motivo para eu me gabar, então vou me gabar das coisas que mostram a minha fraqueza. (v. 30)[/b] O Brasil é o sexto país do mundo em mortes violentas de jovens. Apesar da Lei Maria da Penha, o número de casos de violência contra a mulher continua assustador. Uns se impõem sobre os outros, usando a força e o poder. Apenas estes dois exemplos já colocam em dúvida a fama de sermos um povo pacífico. 2 Coríntios 11 é um dos poucos textos que mostram que o apóstolo Paulo perde a paciência. Isso ocorre porque, em Corinto, apareceram pregadores que se baseavam no seu poder e na sua força para falar de Cristo. Com isso, desqualificavam Paulo, que partia do princípio da dependência total de Deus. No tempo dos coríntios, e também hoje, reconhecer fraquezas parecia loucura. Graças a Deus, a indignação do apóstolo Paulo nos legou um importante testemunho de fé. Ele insistiu e persistiu na convicção de que o ser humano apenas encontra o seu lugar quando reconhece, diariamente, a sua fraqueza e o seu pecado. Somente assim, Deus pode realizar a sua obra em nossas vidas. Todos somos chamados a dar este passo de humildade. Ele é o caminho para participarmos na construção de famílias, de comunidades e de uma sociedade, nas quais os problemas são resolvidos por princípios de paz. Arrogantes e afastadas de Deus, as pessoas continuam sendo um perigo para si mesmas, para as outras e para o meio ambiente. Corações e mentes que se deixam tratar e curar por Deus, experimentam, a partir das pequenas coisas, belos exemplos de transformação.