CIL - Comissão Luterana de Literatura
03 de dezembro de 2012
Lua cheia
Isaías 60.1-14
[b]Levante-se, Jerusalém! Que o seu rosto brilhe de alegria, pois já chegou a sua luz! A glória do Senhor está brilhando sobre você. (v. 1)[/b] Muito mais bonita que a iluminação natalina, que já toma conta, é uma noite de lua cheia. A lua, esbanjando luminosidade, penetra até o fundo da existência mais obscura. A lua não emite luz própria. Por si só, ela é envolta por trevas. O brilho que nela vemos é o reflexo da luz do sol. Jerusalém – aqui simbolizando o povo de Deus – vivenciava as trevas do exílio na Babilônia. Não via perspectivas de retorno à terra prometida. Sequer conseguia sonhar com um futuro de liberdade, de paz, de luz, de glória... Para dentro desta situação, o profeta anuncia que o Criador da luz já está providenciando a criação de um novo tempo para o seu povo. Lá no horizonte, já existe o prenúncio de que as trevas cederão seu espaço para a luz. A mão todo-poderosa de Deus já está estendida para amparar as pernas cambaleantes de Israel. Tal qual a luz do sol, que resplandece sobre a face escura da lua, assim o rosto de Israel já pode refletir a glória do Senhor que brilha sobre ele. Também para nós, o Natal ainda está no horizonte. Mas a luz gloriosa do Senhor já brilhou sobre os campos escuros de Belém, onde nasceu o Salvador (Lucas 2). Já ecoa para todo o sempre a voz que diz de si: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida” (João 8.12). Banhados por esta luz, nossos rostos já podem brilhar para dentro deste mundo, tão belos quanto é bela a lua cheia em meio à noite!