[b]Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. (v. 44)[/b] Também nesta época do ano, há pessoas tristes. As razões para isso são o ter que se sobrepõe ao ser, a ganância que barra o espaço da solidariedade, a violência que enfraquece a paz. Há motivo para alegria? Conforme o evangelista Lucas, sim! Isabel, já idosa, grávida de João Batista, o preparador do caminho do Salvador, e a jovem Maria, mãe de Jesus Cristo, se encontram. A primeira representa o fim da antiga aliança de Deus com o seu povo. A segunda é a portadora da nova aliança que Deus selará com o nascimento do Salvador Jesus. Ao receber a visita de Maria, Isabel percebe a grandeza do momento. Por um lado, ela se sente indigna de receber na sua casa a mãe do Salvador: “Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?!” (v. 43). Por outro, Isabel expressa com todo o seu ser a alegria por essa visita: “Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga”. A alegria de Isabel brota da confiança neste Deus que se fez pessoa em Jesus Cristo. Ele alimenta a nossa esperança por um novo tempo em que o ser se sobreporá ao ter, a solidariedade será mais forte do que a ganância, a paz falará mais alto do que a violência. Isabel e João Batista alegraram-se com a presença do Salvador. Que essa alegria também se manifeste na nossa vida! Participemos da construção da nova realidade inaugurada por Cristo, enxugando as lágrimas de quem está triste e restaurando a alegria das pessoas.