[b]João anunciava de muitas maneiras diferentes a boa notícia ao povo e apelava a eles que mudassem de vida. (v. 18)[/b] João, meditei sobre o que vens dizendo aos teus ouvintes. Percebi que nem é tão complicado o que devo fazer. Pois produzir “frutas boas” (Lucas 3.9) em termos de amor ao próximo, eu faço. Tenho doado roupas, alimentos, dinheiro... Não sou ganancioso. Não oprimo ninguém para conseguir algo. Refreio minha língua ao comentar sobre outras pessoas. Só não gostei, João, do apelo para que eu mude de vida. Isso me faz lembrar a parábola do moço rico (Marcos 10.17-29). Acima, citei algumas das minhas frutas boas, tal qual o moço rico. Compreendi que não é com esta moeda que conseguirei comprar a vida eterna. Pois tu falas em arrependimento dos pecados. Insistes na mudança de vida. Bem sei que esta fruta não se desenvolve na árvore que eu sou. Ou seja: nada posso fazer! É assustador saber que não possuo a moeda que me capacita a alcançar a eternidade por próprias forças e, muito menos, por meio de truques! Contigo eu aprendi o que posso e devo fazer: ser tão humilde e, ao mesmo tempo, tão tomado da orgulhosa percepção de que a salvação é fruta boa implantada na árvore da minha vida. Tu também anuncias quem faz isso em mim: Jesus Cristo, enviado pelo Pai para salvar o pecador. Por ele, João, foste à luta, paraste na cadeia e perdeste tua cabeça. Mas não perdeste o Cabeça, que é a tua e a minha vida, hoje e sempre. Obrigado, João, por tuas palavras duras serem como um despertador; nada mais do que a boa notícia da salvação.