[b] Não. Vinho novo deve ser posto em odres novos. (v. 37)[/b] Jesus está participando de uma festa oferecida pelo cobrador de impostos Levi – o mesmo que Mateus – que acabara de se tornar seu discípulo. Certamente não faltou um bom vinho para acompanhar a refeição. Diante da contrariedade dos religiosos da época, com a comilança dos discípulos e a atenção de Jesus aos amigos de Levi, cuja fama não era das melhores, Jesus fez duas comparações: “Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa velha”; “ninguém põe vinho novo em odres velhos” (vv. 36,37). Com essas comparações, o Mestre mexe na religiosidade dos fariseus, baseada na meritocracia e no cumprimento de leis, sem a dinâmica da fé, e aponta para a dificuldade que o ser humano tem para mudar o rumo da sua vida. Não faz sentido cortar um pedaço de um tecido novo para consertar a roupa velha, muito menos colocar vinho novo em odre velho. O vinho novo que Jesus oferece não é do gosto daqueles que bebem o vinho velho da religião das obras e das formalidades inconsequentes. A doutrina da graça e da fé no Salvador precisa arrebentar a velha natureza incrédula e egoísta da pessoa e transformá-la inteiramente. Arrependimento é mudança completa de mentalidade. Este é o desafio prático da pregação de Jesus. Vinho novo em odre novo! Assim, “quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo” ( 2 Coríntios 5.17). Que tal trocar os velhos hábitos que machucam as pessoas e exercitar novas atitudes que tornam a vida mais feliz?