CIL - Comissão Luterana de Literatura
25 de fevereiro de 2013
Rejeição
Lucas 9.51-56
[b]Mas os moradores dali não quiseram receber Jesus... (v. 53)[/b] Quem nunca foi rejeitado? Quando adolescente, numa das primeiras vezes em que participei da juventude evangélica, fui jogar pingue-pongue. Peguei a raquete, e foi um fiasco! Excluíram-me, e ninguém quis me ensinar. Pensei: “Nunca mais ponho os pés naquele grupo”. A decepção foi superada e eu aprendi a jogar. Faz mal ser rejeitado. No século III a. C., os samaritanos, descendentes de patriarcas judeus e cumpridores da lei mosaica, construíram o seu próprio templo no Monte Garizim. A hegemonia de Jerusalém foi abalada. A retaliação veio da parte dos judeus no ano de 129 a.C., sob a liderança de João Hircano, quando destruíram o templo dos samaritanos. Depois disso, todo judeu que passasse pela Samaria era mal recebido. Jesus precisava ir a Jerusalém e optou por passar por território samaritano. A intriga era com os judeus e não com o Mestre. Ele, pelo contrário, estava indo de coração aberto ao encontro dessa gente inimiga. Pediu pousada, que lhe foi negada. Tiago e João reagiram com raiva. A reação dos discípulos e dos samaritanos é humana. Bateu, levou! A reação de Jesus é divina. Com ele, um espírito novo irrompe nas relações humanas. Trata-se do amor incondicional, da tolerância, da misericórdia, do perdão, da reconciliação, da paz... Tudo isso é divino. Não temos forças próprias para mudar as nossas reações. Somos rejeitados e rejeitamos, inclusive a Deus. Só agimos de modo diferente se o Espírito Santo age em nós. Que bom que o Pai continua vindo ao nosso encontro!