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02 de abril de 2013

Não foi um fantasma

Lucas 24.36-49

[b]Vocês têm aqui alguma coisa para comer? (v. 41)[/b] Faleceu alguém. Mal tivemos tempo de nos despedir. Fomos atropelados pela organização do sepultamento, que deve ocorrer em vinte e quatro horas, e pelas pessoas que dão os pêsames. Ainda não deu para acreditar. É como se fosse um filme. Somente depois, aos poucos, nos damos conta de que a pessoa querida não está mais ao nosso lado. O processo do luto é difícil e demorado. Os discípulos passaram por uma situação semelhante. Deve ter sido devastador. E mais: e a prometida salvação? Como ficará o mundo? Perguntas e perguntas! Estavam custando a compreender o que acontecera. Tentavam, aos poucos, reorganizar a vida. De repente, rumores de que o túmulo estava vazio. Dois discípulos, voltando de Emaús, disseram que haviam encontrado Jesus. E agora, ele próprio está diante deles. Uma mistura de incredulidade, susto e alegria. Será ele? Não estariam vendo um fantasma? Jesus usa três meios para mostrar que é ele mesmo: primeiro, sua saudação de paz, a de sempre; segundo, mostra seu corpo, com as marcas da cruz; terceiro, pede para comer. Então fica claro: é ele mesmo, em carne e osso. Mais uma vez, sublinha-se a grande mensagem do cristianismo: Deus se fez gente, pequeno, fraco. Partilhou a vida humana em todos os sentidos, passando, inclusive, pela morte. Mas não ficou nisso! Ele ressuscitou e prometeu o “poder de cima” (v. 49) que virá sobre os discípulos, o que lhes possibilitará serem suas testemunhas. Dessa missão nós participamos ainda hoje. Realmente, não foi um fantasma.