CIL - Comissão Luterana de Literatura
15 de outubro de 2013
Existência garantida?!
Lucas 12.13-21
[b]Eu não tenho... vou derrubar... então direi a mim mesmo... (vv. 17-19)[/b] Será que esse agricultor merece uma sentença tão severa? Pensando bem, o que falta, muitas vezes, para algumas pessoas é justamente a previsão do que poderá acontecer amanhã. Foi exatamente isso que ele fez: “Você tem tudo... que precisa para muitos anos” (v. 19b). Qual foi, então, seu erro? Ele depositou toda a sua existência em suas conquistas e em seus bens. O “Eu” ocupou o centro da sua vida: eu não tenho... eu vou derrubar... eu direi a mim... O “Eu” era o seu deus. Nenhum espaço e nenhuma palavra dedicados a Deus e ao próximo! Foi por isso que ele teve que ouvir esta sentença: “Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem vai ficar com tudo que você guardou?” (v. 20) Todos sabem que, ao morrerem, terão que se separar definitivamente dos seus pertences. Mesmo assim, seus pensamentos são dominados totalmente por aquilo que possuem. Isso vale tanto para aqueles que têm maiores como para os que têm menores posses. Existem pessoas literalmente fascinadas pelo que possuem, deixando-se enfeitiçar pelas suas conquistas, o que as leva para todo tipo de conflitos, desavenças, brigas e desentendimentos. Jesus não prega a pobreza como ideal, mas adverte para que os nossos corações não se deixem escravizar pelas riquezas deste mundo. Quem é rico para com Deus lida com responsabilidade com aquilo que tem. Agindo assim, a pessoa está livre para ajudar a missão da Igreja e para engajar-se em movimentos contra a injustiça e contra todo tipo de pobreza e miséria.