[b]Bom Mestre, o que devo fazer para ganhar a vida eterna? (v. 18)[/b] Com que diplomacia esse líder judeu dirigiu-se a Jesus! Num primeiro momento, a vida dele parecia perfeita. O Mestre, no entanto, olha para além das aparências. Ele conhecia o coração desse homem e os pressupostos dos judeus com respeito a vida eterna. O foco é a salvação pelas sua boas obras. “O que devo fazer?”, pergunta o homem. E Jesus alimenta aquilo que ele desejava ouvir: “Você conhece os mandamentos?” O judeu prontamente confirma que, desde a infãncia, sempre foi um fiel cumpridor de todos esses mandamentos. A resposta que esperava era: muito bem, você está salvo. Não é isso que também pensamos de nós: somos bonzinhos, cumprimos os mandamentos e tudo está bem!? Fazemos a salvação depender dos nossos méritos e achamos que isso basta. Jesus desmonta esse esquema. O Mestre recomenda ao bom judeu que venda tudo o que tem, o dê aos pobres e o siga. Ele quis dizer com isso que, para segui-lo, nada pode ser mais importante do que ele próprio. Na prática, o líder judeu descumpria o primeiro mandamento, pois o foco da sua vida estava nos seus bens e não em Cristo. O que garante a vida eterna não são as riquezas terrenas nem as obras que praticamos para conquistá-las. Isso, todavia, não nos autoriza a menosprezar o que recebemos da mão de Deus. Importa que deixemos o orgulho de lado e sejamos zelosos, para que tudo que temos e fazemos seja um testemunho da graça e do amor de Deus, amando-o acima de todas as coisas e tendo um coração aberto para com o nosso próximo.