[b]Que todo o meu ser louve o Senhor, e que eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos! (v. 2)[/b] “Então, como se diz?!”, falava a mãe quando ganhávamos um presente. “Muito obrigado!”, respondíamos. Desde pequenas, ensinamos as crianças a serem agradecidas. Assim como pessoas educadas agradecem por gestos de cordialidade e por benefícios que recebem, pessoas de fé são gratas a Deus. Para elas, o mundo e a vida não se desenvolvem fria e mecanicamente, mas são uma manifestação da bondade do Criador. Facilmente esquecemos que recebemos tudo da bondosa mão do Pai celeste. O autor do Salmo 103 traz à memória alguns motivos pelos quais devemos ser gratos. Destaca o perdão dos pecados (v. 3b), que nos livra de fardos que carregamos, de erros e de sentimentos de culpa. Perdão significa reconciliação com Deus, vida nova, vida com qualidade, “vida completa” (João 10.10), vida eterna. Tudo isso recebemos sem mérito nosso, mas única e exclusivamente por bondade do Pai (vv. 8-10). Além desses benefícios, o salmista lembra a saúde (v. 3b), o alimento (v. 5), o amor e a bondade (v. 4b). Enfim, nada na nossa vida pode ser atribuído a nós memos, recebemos tudo de Deus. É lamentável que reclamemos tanto do que não funciona e das coisas que não temos e esqueçamos de apontar para o que temos e somos e para os benefícios que recebemos diariamente. Duas coisas o Pai espera de nós: que andemos em seu caminho e lhe agradeçamos por tudo, com todo o nosso potencial. Então, como se diz? Muito obrigado, Senhor, por tudo que recebemos durante o ano que finda!