Eles ficaram sabendo das desgraças que haviam acontecido a Jó e combinaram fazer-lhe uma visita... para consolá-lo. (v. 11)
“Quando a riqueza acaba, nenhum amigo se aproxima.” A frase de Ovídio, poeta romano, é muito antiga, mas também muito atual. Serve como resumo para filtrar e separar os amigos verdadeiros dos amigos de ocasião.
Na história de Jó, isso não aconteceu. Quando a desgraça sobreveio sobre suas posses, sua família e até mesmo sobre seu corpo, seus amigos apareceram. Souberam da notícia ruim e não esperaram convite, mensagem de texto ou e-mail para confortar o amigo em sofrimento.
No decorrer do livro, vamos descobrir que eles não foram felizes na escolha das palavras de apoio. Mas não podemos deixar de notar o gesto. Eles sentaram no chão, rasgaram suas roupas, lamentaram em voz alta. Certamente já tinham sentado em belos sofás, apreciado grandes banquetes e ótimos momentos na prosperidade de Jó. Agora, na adversidade, estão lá. Presentes.
Nem sempre podemos contar com a presença de amigos na hora do sofrimento. Parece que Ovídio tinha razão: quando a desgraça chega, ficamos sozinhos. Mas Jesus Cristo provou que as coisas não são assim. Como diz a canção cristã: “Nele, Amigo temos”. Amigo com A maiúsculo. Amigo certo, seguro, preciso. Salvador.
Diferente dos amigos de Jó, as palavras de Jesus não são infelizes. Ao contrário, trazem-nos conforto para os dias mais tristes e sombrios de nossa existência. Quando a riqueza acaba, esse Amigo de fé não apenas se aproxima, mas habita em nosso coração e permanece conosco até o fim.