... o meu Deus é a minha força. (v. 5)
Essas palavras foram pronunciadas em um momento crítico da história do povo de Deus: a perda da soberania política, Jerusalém arrasada, o templo destruído e a amarga experiência do exílio na Babilônia. Todas as antigas certezas desmoronaram. Já não havia em que se agarrar. Só existiam o choro e a resignação. O futuro aparecia para o povo como uma eterna dor, angústia e desamparo. Nessa desesperação, o profeta atreve-se a falar em nome de Deus. O profeta quer animar o povo recorrendo à memória, remetendo à fé no Deus criador e Senhor da história.
Esse Deus, que se manifestou aos antigos, é o mesmo Deus que no futuro se revelaria na simplicidade da manjedoura, no abandono e na fraqueza da cruz de Cristo. Deus se daria a conhecer, portanto, na fraqueza para mostrar o seu poder. Como disse o apóstolo Paulo: “... aquilo que parece ser a fraqueza de Deus é mais forte do que a força humana” (1 Coríntios 1.25).
Tanto o exílio como cada uma das situações difíceis da nossa vida não são para sempre nem fatais. Há motivos para a esperança por um novo tempo, pois Deus é um Deus de amor e de cuidado: “Eu ainda estava na barriga da minha mãe, quando o Senhor Deus me escolheu; eu nem havia nascido, quando ele me chamou pelo nome” (v. 1).
Neste Advento, mais uma vez, o Senhor quer envolvê-lo em seus braços, quer consolá-lo, renovar o seu ânimo, dar-lhe coragem e fortalecer sua fé. Que a sua convivência junto à sua família e comunidade o ajude a experimentar um abençoado Advento, pois o nosso Deus é a nossa força.