Exploram as viúvas e roubam os seus bens; e, para disfarçarem, fazem orações compridas. (v. 40 a)
Fomos comprar o nosso apartamento. Quanta felicidade ter a residência própria! Precisávamos parcelar a compra do imóvel. Fomos negociar com a proprietária. Ao me apresentar, disse que era pastor. De imediato, ela reagiu dizendo que, para pastor evangélico, ela só venderia à vista. Então falei de qual igreja eu era; com um sorriso, ela voltou atrás e afirmou que para pastor luterano ela venderia.
Pastor evangélico hoje parece ser sinônimo de falcatrua. Ouvindo rádio e assistindo à televisão, ficamos boquiabertos com tanta enganação que se prega em nome de Jesus. O povo, que não tem senso crítico, facilmente é ludibriado. A cobiça faz pessoas entregarem imóveis em troca de uma “bênção” ainda maior. Igrejas transformam-se em franquias que “vendem” prosperidade e sucesso. Em vez de comunidades de fé, encontram-se shows que promovem o êxtase coletivo.
Jesus dirige-se aos religiosos da fé judaica com uma crítica contundente. A mesma crítica se faz necessária sempre que líderes religiosos, mordidos pela mosca do poder, vestem-se de uma capa de superioridade, colocando-se num pedestal de espiritualidade como forma de enganação. O olhar crítico deve sempre estar presente.
Grande juízo recairá sobre todos os que, em nome de Cristo, enganam pessoas possuidoras de singela fé. Lutero também se revoltou contra a exploração e o roubo de bens em nome de Cristo, promovendo a Reforma Protestante.