Nas muralhas de Jerusalém, o Senhor colocou vigias, que não deverão ficar calados nem de dia nem de noite. (v. 6a)
Você já enfrentou momentos em que teve a sensação de que “não adianta, as coisas não vão mudar”? Desânimo e apatia dominam, então, a vida. Esse sentimento atinge inclusive os filhos e as filhas de Deus. É companheiro quase que inseparável.
Jerusalém reconstruída, acolhedora, cheia de vida e paz para todos? Não, não vai acontecer mais! Um mundo novo, onde a verdade, a justiça e a paz reinarão, onde não haverá mais guerra, nem fome, nem choro, nem morte? Não, isso não vai acontecer!
Por que esse desânimo? Porque a realidade mostra justamente o oposto. A realidade, tão dura e cruel para muitos, é o ambiente favorável para a “mosca do desânimo e da incredulidade” nos contagiar.
Mas Deus não aceita essa situação. Ele não admite que o seu povo caia na apatia e seja dominado pela incredulidade. Ele intervém. Envia vigias, profetas, mensageiros para animar o seu povo a confiar em suas promessas. Os seus mensageiros não podem ficar calados. Quanto mais ameaçador o momento, tanto mais seus mensageiros precisam anunciar: o que está aí é passageiro. Olhem para os sinais que Jesus ndeixou ao apontar para o novo, para o que está diante de nós, para o Reino de Deus.
Por isso vamos orar e cantar com firmeza nesta época de Advento: “Quando se abate a esperança, ele se achega e nos fala: bem junto a mim continuem, permaneçam firmes, que firme estarei” (Hinos do Povo de Deus 438,3).