Como gostaríamos que tu rasgassesos céus e descesses, fazendo as montanhas tremerem diante de ti! (v. 1)
Devido a uma acalorada discussão, mãe e filha não se falavam há dias. Até que, não suportando mais o silêncio, a filha disse: “Mãe, grita comigo, mas não fica nesse silêncio!”.
O silêncio pode corroer uma consciência culpada. Parece que era esse o sentimento dos israelitas no exílio. Achados em falta, o silêncio de Deus doía-lhes na alma. Por isso clamam: “Como gostaríamos que tu rasgasses os céus e descesses, fazendo as montanhas tremerem diante de ti!”. O povo de Israel deveria saber que Deus está sempre presente e acode os que o temem, mesmo em silêncio. Ele não precisa descer com estardalhaço.
A sede pelo espetacular tem lotado templos e tendas de pretensos curandeiros, exorcistas, milagreiros e pregadores gritalhões, que prometem resolver todos os problemas num passe de mágica.
Se você quer mesmo ver uma cena forte, não espere “os céus se rasgarem nem as montanhas tremerem”. Em breve, estaremos novamente diante da manjedoura de Jesus. Será uma cena muito meiga, em ambiente suave, repleto de luzes e música. Mas vá além e imagine aquela cruz em que depois o Filho de Deus foi pregado. Ali estará a cena mais forte que se pode contemplar. Ali estará, gritante, a mensagem do juízo de Deus sobre os seus pecados, punidos em Jesus. Mas nessa cena forte estará também escrito, em letras de sangue, que em Jesus Deus ama você, que nele você tem perdão, paz e vida para sempre.