Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies, termos e políticas do site. Leia mais. ACEITAR

01 de setembro de 2005

Da guerra

Salmo 46

Se não houvesse espada para defender e manter a paz, tudo no mundo iria por água abaixo. Por isso, uma tal guerra nada é senão uma pequena e passageira falta de paz que visa evitar uma discórdia permanente e descomunal; uma pequena desgraça para evitar um mal maior. Muito se fala e escreve da guerra como de uma grande praga, e tudo isso é verdade. Agora, por outro lado, é preciso lembrar como uma miséria muito maior é evitada por meio das guerras. Sim, se as pessoas fossem piedosas e tivessem prazer em conservar a paz, as guerras seriam, de fato, a maior desgraça sobre a terra. Mas, será que você não percebe que o mundo é mau, que as pessoas não estão dispostas a manter a paz; roubam, furtam, matam, abusam de mulheres e crianças, desonram e tiram propriedades? Uma tal discórdia generalizada diante da qual homem nenhum poderia subsistir por si mesmo, precisa ser colocada em xeque pela pequena discórdia chamada guerra ou espada. Por isso, Deus também concede elevada honra à espada, chamando-a de sua própria instituição e não querendo que se diga e pense que homens a inventaram ou a instituíram. Pois a mão que maneja essa espada e mata não é mais a mão humana, e sim, a mão de Deus. Quem enforca, pune pela roda, decapita, mata e faz guerra é Deus, e não o homem. Tudo é obra e juízo de Deus.