CIL - Comissão Luterana de Literatura
01 de março de 2006
Administradores do ministério de Deus
Coríntios-I 4.1-5
Aqui, São Paulo também poderia dizer: somos administradores da sabedoria de Deus, ou da justiça de Deus e assim por diante. Mas, isso seria parcelar a coisa. Por isso ele reúne todas essas bênçãos de Cristo que devem ser anunciados, numa só palavra: “mistérios”. É como se quisesse dizer: somos administradores espirituais que têm a função de distribuir a graça de Deus, sua verdade – e quem seria capaz de enumerar tudo separadamente? Por isso vou resumir tudo numa só palavra: são os mistérios de Deus. Dou-lhes o nome de mistérios e coisas ocultas porque só podem ser alcançadas pela fé. São mistérios de Deus, isto é, coisas ocultas que Deus concede e que estão em Deus. Pois o diabo também tem seus mistérios, como diz Apocalipse 17.5: “Na sua fronte achava-se escrito um nome, mistério: BABILÔNIA”. Alegam que sua doutrina e suas obras conduzem ao céu, quando, por trás de tudo, não há senão morte e inferno para todos os que crêem nisso. Nos mistérios de Deus, porém, há vida e salvação. Assim, o que o apóstolo está querendo dizer com essas palavras é que o ministro de Cristo é um administrador dos mistérios de Deus, ou seja: deve considerar-se como tal e assim ser considerado, pregando apenas a Cristo e apresentando as bênçãos que temos nele. Em outras palavras: deve pregar o evangelho puro, a fé verdadeira, que somente Cristo é nossa vida, caminho e sabedoria, nossa força, tesouro e salvação; e que em nós mesmos há somente morte, engano, loucura, fraqueza, vergonha e condenação. Quem prega de modo diverso, não deve ser considerado servo de Cristo, tampouco administrador dos mistérios de Deus.