Nesse versículo, o profeta descreve o reino de Cristo como um reino eterno, envolvido em luta constante. Pois o versículo também diz: “... até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”. Tudo isso parece muito estranho. Pois seria de esperar que um tal rei não tivesse muito inimigos e pudesse rechaçá-los num upa ou num piscar de olhos. E, de fato, ele vai fazê-lo, mas só quando chegar a hora certa. Enquanto vivemos nesse mundo, a luta vai continuar. Sectários, a imaginação, a razão humana, nossa própria carne, a consciência, a morte, o diabo, tudo isso nos ataca, criando angústia e medo. Por isso, quem quiser ser cristão, que medite sobre isso e saiba qual é a natureza desse reino, como é e como não é. Haverá discórdia, e tem de ser assim mesmo. Por isso, quando as pessoas ficam aí gritando e se desvairando, devo dizer: “É assim mesmo que tem que ser. Pois você não sabe quem é Cristo, um Homem contra o qual se levanta tudo que existe, o mundo, o diabo, o pecado e a morte?” Pois ele tem de ter inimigos, e seu reino está destinado a esta em luta constante. Lá, naquela vida, haverá paz; mas neste mundo seu reino não conhecerá paz.