CIL - Comissão Luterana de Literatura
08 de janeiro de 2004
MORTOS PARA O PECADO
Romanos 6.4-11
Veja, desta maneira Paulo relaciona a vida dos cristãos neste mundo com a morte de Cristo e os apresenta como pessoas que já morreram e estão sepultadas num caixão, ou seja, morreram para o pecado e não têm mais nada a ver com ele. E isso significa que o pecado morreu para eles e eles, por sua vez, morreram para o pecado, pois não andam mais nos caminhos pecaminosos do mundo. Na verdade, morreram duas vezes ou de duas maneiras. Uma é a morte espiritual para o pecado. Este é um morrer gracioso, consolador e bem-aventurado (embora seja dolorido e amargo para carne e sangue). Esta morte é doce e amável, pois nos traz nada mais e nada menos do que a celeste, pura e perfeita vida eterna. A outra é corporal; que não é morte, e sim muito mais um puro e suave sono imposto a esta carne porque, enquanto vivermos neste mundo, ela não cessa de resistir ao Espírito e à vida que ele dá. É assim que a carne age enquanto vive neste mundo: expande-se e traz o pecado de arrasto; resiste e não quer morrer. Razão por que, no final, Deus tem de executá-la, para que também morra para o pecado. Também esta é uma morte tranqüila e suave; na verdade, outra coisa não é senão um sono. Pois o corpo não ficará na morte (porque a alma e o espírito já não estão mais na morte), mas no dia do juízo reaparecerá, limpo e purificado, e se reunirá ao espírito, para ser um corpo puro, obediente, livro de todo pecado e mau desejo.